«AO REGRESSAR EPISODICAMENTE A ESPANHA EM AGOSTO DE 1534 GARCILASO DE LA VEGA TEM CONHECIMENTO DA MORTE DE DONA ISABEL FREIRE»
31.5.07
ETERNIDADE DO VENTO
«AO REGRESSAR EPISODICAMENTE A ESPANHA EM AGOSTO DE 1534 GARCILASO DE LA VEGA TEM CONHECIMENTO DA MORTE DE DONA ISABEL FREIRE»
30.5.07
A vós, que amais o amor...
29.5.07
Boa Vista - a Iha Fantástica
do Atlântico a acenar um convite difícil de resistir.
A Ilha da Boa Vista
De Germano Almeida , escritor cabo-verdeano, é de ler: A Ilha Fantástica, retrato do lugar onde nasceu; Estórias contadas, compilação de crónicas escritas para O Público; e Viagem pela História das Ilhas, uma rota pelo arquipélago através daqueles que escreveram sobre ele. Todos editados pela Caminho.
De súbito, vem-me à memória uma cena do dia anterior. Uma jovem cabo-verdiana na praia, linda, de longos cabelos negros aos caracóis, a quem o namorado moldou uma cauda de sereia, numa cuidadosa escultura de areia. Quando cedi ao pedido para lhes tirar uma foto, vi que ela tinha tatuado todo o arquipélago na omoplata. A conversa posterior revelou que, tal como a maioria dos cabo-verdianos, também eles eram emigrantes. De que ela própria era a metáfora perfeita: dividida entre o conforto de uma vida melhor e o calor da terra natal, com o país gravado na pele. Ou no coração, tanto faz.
( Textos in : ROTAS & DESTINOS)
28.5.07
«Pôr em ordem»
Entrada ou...saída?
27.5.07
Não é despedida
Para lá dos teus olhos ardiam os crepúsculos.
Folhas secas de outono giravam na tua alma.»
(Pablo Neruda, Vinte poemas...)
26.5.07
ESTRANGEIRICES TORRIENSES
23.5.07
22.5.07
As primeira leituras
Capri
20.5.07
VENEZA E O SONHO
De que serve Veneza sem sonho? Eu sei, Veneza é umas tuas "cidades invisíveis". Talvez esses sejam os lugares mais reais da nossa vida, como sugere Calvino, sonhos reais porque intensamente imaginados até serem mais vida do que todas as "realidades" vividas.
" Mesmo em Raissa, cidade triste, corre um fio invisível que liga um ser vivo a outro por um instante e a seguir se desfaz, e depois torna a estender-se entre pontos em movimento desenhando novas rápidas figuras de modo que a cada segundo a cidade infeliz contém uma cidade feliz que nem sequer sabe que existe."
Veneza, dizem os amantes impossíveis, é a cidade mais triste do mundo...
18.5.07
A HERANÇA DE ESZTER
TRADIÇÕES ? !
Procurei o significado:
16.5.07
LUGAR ONDE - BADALADAS Semanário Regional de Torres Vedras
Mais do que os aspectos nevróticos da sua personalidade, importa realçar a extraordinária artífice de poesia que foi Florbela Espanca.
A poesia precisa de emoção e sentimento mas isso não chega. Muitos autores pensam que os seus poemas têm valor só porque os fizeram com lágrimas nos olhos, a sentirem muito o que escreviam. Mas não basta isso: é necessária, de igual modo, uma realização linguística significativa, uma construção artística e rigorosa de palavras. Caso contrário não se passa de banalidade vazia.
Florbela Espanca soube aliar à sensibilidade – por vezes exacerbada - uma enorme capacidade para exprimir verbalmente quem era e o que sentia. Usou como forma artística o soneto decassilábico ( poema de 14 versos de dez sílabas, em duas quadras e dois tercetos) em que foi exímia, muitas vezes ao nível dos nossos maiores nessa arte - Camões, Bocage e Antero de Quental. A sua originalidade está no facto de, usando essa forma clássica, abordar temas extremamente ousados para a sua época, como são o erotismo e a mulher activa na relação amorosa. Não fazendo parte de nenhuma escola ou grupo literários, conjugou as suas vivências pessoais com o tom mais inovador da expressão poética do seu tempo, de que Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa foram exemplos maiores. Florbela Espanca foi dos primeiros escritores a libertarem-se do convencionalismo moralista, assumindo o Desejo e o Corpo como realidades a não esconder, o que lhe acarretou incompreensões de toda a ordem. De igual modo antecipou o sentir da Humanidade moderna, insatisfeita e revoltada, procurando desesperadamente um sentido para a vida e as formas mais intensas de o exprimir. Foi esta coragem de viver em antecipação ao seu tempo que garantiu a Florbela Espanca a projecção que ainda hoje tem.
VIDA E OBRA
Florbela Espanca ( 1894 – 1930 ). Natural de Vila Viçosa, Alentejo. Estudos liceais em Évora e universitários em Lisboa. Dois casamentos e dois divórcios, motivos de escândalo na época. Terceiro casamento, com um médico. Devastada pela morte de seu único irmão, em 1927, e enredada nas contradições entre a afectividade real e a ânsia de Absoluto, suicida-se a 8 de Dezembro, no dia do seu 36º aniversário, na casa onde vivia, em Matosinhos. Desde 17 de Maio de 1964 – data da trasladação - os seus restos mortais repousam à entrada do cemitério da sua terra natal.
Obra principal: “SONETOS”, em que se reúne a poesia publicada antes e depois da sua morte: «Livro de Mágoas»(1919); «Livro de Soror Saudade»(1923); «Charneca em Flor»(1930); e «Reliquiae», versos póstumos publicados pela primeira vez na 2ª edição de Charneca em Flor, em1931. Também postumamente foram publicados textos seus em prosa: «Cartas de Florbela Espanca», «Contos» e «Diário». Os «Contos» (colectâneas “O Dominó Preto”, “As Máscaras do Destino” e “Contos Esparsos”) e o «Diário» tiveram uma 1ª edição de bolso nas Publicações Dom Quixote, em 2000.
EXCERTOS DO “DIÁRIO” (escrito no ano da sua morte)
23 de Janeiro: «Para que quer esta criatura a inteligência, se não há meio de ser feliz?», dizia, dantes, meu pai, indignado. Ó ingénuo pai de 60 anos, quando é que tu viste servir a inteligência para tornar feliz alguém? Quando, ó ingénuo pai de 60 anos?... Só se pode ser feliz simplificando, simplificando sempre, arrancando, diminuindo, esmagando, reduzindo; e a inteligência cria em volta de nós um mar imenso de ondas, de espumas, de destroços, no meio do qual somos depois o náufrago que se revolta, que se debate em vão, que não quer desaparecer sem estreitar de encontro ao peito qualquer coisa que anda longe: raio de sol em reflexo de estrelas. E todos os astros moram lá no alto, ó ingénuo pai de 60 anos!
23 de Fevereiro: A vida tem a incoerência dum sonho. E quem sabe se realmente estaremos a dormir e a sonhar e acabaremos por despertar um dia? Será a esse despertar que os católicos chamam Deus?
28 de Fevereiro: Estou tão magrita! A lâmina vai corroendo a bainha, a pouco e pouco, mas implacavelmente, com segurança. Devo ter por alma um diamante ou uma labareda e sinto nela a beleza inquietante e misteriosas das obras incompletas ou mutiladas.
2 Dezembro: (última anotação) E não haver gestos novos nem palavras novas!
SONETOS DE FLORBELA
QUEM SABE?...
Queria tanto saber porque sou Eu!
Quem me enjeitou neste caminho escuro?
Queria tanto saber porque seguro
Nas minhas mãos o bem que não é meu!
Quem me dirá se, lá no alto, o Céu
Também é para o mau, para o perjuro?
Para onde vai a alma, que morreu?
Queria encontrar Deus! Tanto o procuro!
A estrada de Damasco, o meu caminho,
O meu bordão de estrelas de ceguinho,
Água da fonte de que estou sedenta!
Quem sabe se este anseio de Eternidade,
A tropeçar na sombra, é a Verdade,
É já a mão de Deus que me acalenta?
SER POETA
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
AMBICIOSA
Para aqueles fantasmas que passaram,
Vagabundos a quem jurei amar,
Nunca os meus braços lânguidos traçaram
O voo dum gesto para os alcançar...
Se as minhas mãos em garra se cravaram
Sobre um amor em sangue a palpitar...
- Quantas panteras bárbaras mataram
Só pelo raro gosto de matar !
Minha alma é como a pedra funerária
Erguida na montanha solitária
Interrogando a vibração dos céus !
O amor dum homem? – Terra tão pisada,
Gota de chuva ao vento baloiçada...
TRAÇOS DE IDENTIDADE I I
AS VELAS ARDEM ATÉ AO FIM
14.5.07
Horas mortas... Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a benção duma fonte!
E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!
Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!
Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!
Florbela Espanca
13.5.07
11.5.07
9.5.07
8.5.07
CANTARES DE AMIGO
Este é um lugar onde alguém partilha sonhos muito bonitos, envolvendo-os de imagens sugestivas e de palavras poéticas.
Vir aqui é como ir passear ao jardim.
E muitas vezes apetece conversar com o jardineiro...
"...outrora Senhor do Mar"
7.5.07
Engenheiros...
Arca e estante de Fernando Pessoa
6.5.07
Não posso calar
Escamoteia a forma provocatória como o tal senhor trata os assuntos políticos e o modo persistente como insulta todos os portugueses que não moram na Madeira ou não pensam como ele.
O maior partido da oposição atasca-se na indignidade do modo de fazer política do sr. Jardim e isso é um péssimo serviço à democracia que todos prezamos.
Quanto ao argumento de que a vitória eleitoral legitima o tal senhor, estamos conversados. Este foi um belo exemplo de como a democracia não se esgota no acto de votar. Reduzi-la a isso é torná-la uma caricatura. Pilatos também fez uma consulta democrática mas, entre Cristo e Barrabás, a multidão manipulada e interesseira escolhe sempre Barrabás...
Parece que só o PSD não enxerga que a esmagadora maioria dos portugueses do Continente fica indignada com a forma como o sr. Jardim espatifa dinheiro. Ninguém contesta a validade de obras de infra-estruturas básicas, mas ninguém de bom senso aceita os gastos de promoção que esse senhor faz, seja nos jornais, seja no futebol, seja no fogo-de-artifício...
TOMAR a sério...
Visita apaixonante, a continuar sempre que possível. E a completar com a riquíssima História dos Templários.
5.5.07
Imagens do Oeste
Fachada da Quinta da Ribeira, na Aldeia de Maria Afonso - freguesia de Dois Portos
Aldeia de Maria Afonso, vista da estrada que liga Dois Portos a S.Domingos de Carmões