28.9.12

GRANDE NOTÍCIA!



Revista Colóquio /Letras, Julho/Dezembro de 2000, número especial dedicado ao poeta João Cabral de Melo Neto, assinalado pela sobre-capa de Tiago Manuel que assina também as ilustrações do interior.


Assim mesmo, com chamada ao título: grande notícia!
A revista COLÓQUIO Artes e Letras da Fundação Gulbenkian, tem um sítio onde, desde 24 de Setembro, é possível consultar todos os números publicados. Do blog O Bibliotecário de Babel, do jornalista do Expresso José Mário Silva, retirei a nota de imprensa divulgada pela Fundação Gulbenkian:

«Os 61 números da revista Colóquio, Revista de Artes e Letras (1959-1970) vão ficar disponíveis em versão digital a partir de 24 de setembro, num site precioso para todos os investigadores, nacionais e estrangeiros. Nas suas páginas podem encontrar-se textos de praticamente todos os grandes nomes do ensaio, da crítica, da arte e da literatura da segunda metade do século XX.
Em 1970, a revista seria desdobrada em duas publicações: Colóquio/Artes e Colóquio/Letras.
No primeiro editorial da Colóquio, Revista de Artes e Letras, pode ler-se: «Não são os iniciadores que justificam a necessidade e a utilidade de uma revista, artística ou literária, ou fazem a sua fama, mas sim os seus colaboradores e a continuidade e regularidade da sua publicação. / Lançando esta revista — Colóquio —, a Fundação Calouste Gulbenkian julga concorrer com mais um poderoso instrumento para a realização dos seus fins culturais na sociedade portuguesa. Assim se procura continuar a cumprir, sob mais uma modalidade, o pensamento do Fundador, que soube em vida — e quis que a sua obra continuasse após a morte — fomentar iniciativas ou auxiliar empreendimentos susceptíveis de dilatar as fronteiras do espírito humano.»
Aquilo que desde o início definiu o projeto de Colóquio foi a diversidade e a pluralidade de abordagens «sem dependência de escolas, de sectarismos ou de proselitismos», procurando afirmar-se como «um espelho da sociedade do nosso tempo». A revista dedica ensaios a todas as áreas da Arte e da Literatura, não exclusivamente portuguesas. Mas se há que encontrar matéria de base para uma história da arte em Portugal, desde o lado mais conservador, passando pelos movimentos modernistas (sobretudo a obra de Almada e o surrealismo), até aos artistas que se revelam na década de 60 do século XX, é nesta revista que ela se manifesta.»

A revista COLÓQUIO é uma publicação de referência desde há muitos anos, tanto pela qualidade dos colaboradores como pela excelência do aparato gráfico. Guardo algumas que folheio de vez em quando com enorme prazer. Os grafismos e a edição de textos raros - por vezes em fac-simile - de grandes escritores portugueses, estão no patamar inultrapassável da perfeição. 
A edição digital retira, é claro, o prazer de folhear, sentindo o cheiro e tateando a textura do papel. Mas não esqueçamos que os números agora digitalizados eram inacessíveis a quem não frequentava a biblioteca da Fundação em Lisboa. A partir de agora estão muito perto de nós. Assim...por exemplo.


Sim! Grande notícia!

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