Ruy Belo é a referência. Ele com seus poemas longos que me ajudam a habitar o mundo e a reconhecer alguma ocasional angústia.
Um dia alguém me incitou a organizar uma página literária num dos semanários da cidade. Aceitei. Era preciso tirar espaço ao mundo obssessivo do futebol, páginas cheias daquelas descrições enjoativas dos pontapés.
Que título dar a esta página? Sem procurar muito surgiu este LUGAR ONDE (1), passagem curta de um dos muitos poemas do Ruy Belo. Porque um lugar tem sempre um onde. O resto que falta - gente, circunstâncias, datas, razões - virá depois.
(1)
No livro HOMEM DE PALAVRA(S), Ruy Belo tem muitos poemas sobre este país em que vivemos: "Portugal sacro-profano". Um deles chama-se «LUGAR ONDE» e começa assim:
"Neste país sem olhos e sem boca / hábito dos rios castanheiros costumados ..."
Vale a pena ler.
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