16.10.12

OLÁ, AGUSTINA




90 anos! Bonito!
Posso dar-lhe os PARABÉNS?
Bem sei que já cá não está o seu espírito traquina e labiríntico. Resta a pobre carcaça do corpinho velho, decrépito. Mas permanece a obra enorme que nos legou.
Obrigado, Agustina!

«Povo.
Um povo faz-se com muitas lágrimas; elas são a experiência dos seus erros e a espécie de sabedoria que se acumula sem ser nos livros. Um povo não é um poema épico, nem um homem, nem mesmo uma forma de poder. É uma súplica melancólica através dos tempos, e que custa muito esforço; uma súplica digna de res­peito porque se dirige, não à internacionalização da vida, não aos planos de exportação e de produção, mas a um imperativo que ponha fim ao egoísmo de todos. Um povo não verte lágrimas pací­ficas; elas são sempre revoltadas. E inútil dizer-lhe que pode nego­ciar melhor se se converter em massa humana; um povo tem uma personalidade mítica que é indiferente à natureza das massas.»
Agustina Bessa-Luís - DICIONÁRIO IMPERFEITO, Guimarães Editores, Lisboa, 2008

Para conhecer Agustina: documentário NASCI ADULTA, MORREREI CRIANÇA. Aqui:
http://vimeo.com/50423905

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