22.12.06

EVIDÊNCIAS

Porque é que há evidências que custam tanto a ser vistas?

Pode ler-se hoje no "Diário Digital" esta página:


Portugueses mais ricos deviam pagar mais impostos


Portugal tem a distribuição de rendimento mais desigual na União Europeia. Mas há formas de alterar isso e uma delas «é a introdução de mais progressividade no imposto sobre rendimento», afirma Richard Eckaus, um professor do MIT que acompanha a economia portuguesa desde 1973.
Numa entrevista publicada esta sexta-feira no Diário de Notícias, a qual foi concedida à margem da conferência «Challenges Ahead for the Portuguese Economy», organizada pela Gulbenkian, FLAD e Banco de Portugal, o professor do MIT reconhece que o país enfrenta actualmente «escolhas muito difíceis».
Sistema fiscal mais progressivo, contenção salarial, reforma na educação e regulação mais amiga do investimento são alguns dos conselhos do economista que, na semana passada, foi condecorado pelo Presidente da República pelo papel de conselheiro que desempenhou a seguir à revolução.
A aplicação de uma taxa de imposto negativa que providencie fundos às pessoas situadas nos escalões mais baixos de rendimento é uma dos remédios que Eckaus prescreve e classifica como medida «muito importante porque para Portugal é fundamental garantir uma maior igualdade no sistema».
«Com mais igualdade, as pessoas estão mais disponíveis para aceitar os fardos do ajustamento. E esse ajustamento, de facto, é necessário em Portugal. Além disso, se houver mais progressividade nos impostos sobre o rendimento das pessoas e, com ela, vier também uma subida da receita, passaria a ser possível reduzir a carga ao nível dos impostos sobre a produção», e isso beneficiaria, por exemplo, as empresas que exportam.

Natal?

Que os Governos façam o que devem! Este ou outro, sempre prontos a falar nos desprotegidos. Ainda ontem José Sócrates se pavoneava com o estado actual da nossa economia ( "Há confiança! Há bons resultados!), enquanto no telejornal se noticiava o fecho da fábrica da Azambuja ( 1 400 para o desemprego!), e uma outra fábrica no norte ia pelo mesmo caminho. J. Sócrates pode estar contente com alguns dados gerais da economia mas não pode deixar de falar, simultaneamente, no resto.


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