1.7.06

Já 10 anos sem David Mourão-Ferreira

EPIGRAMA PARA UMA SEGUNDA DESPEDIDA

Eis o que espanta: ainda nós sabemos
os gestos rituais da despedida!
E, tarde ou cedo, à noite adormecemos,
embora sem a alma adormecida.



EPIGRAMA PARA UMA TERCEIRA DESPEDIDA

Eu vi a eternidade nos teus dedos!
Eu vi a eternidade, e amedrontou-me
saber, tão de repente, tais segredos.
- Eu não mereci, sequer, saber-te o nome.

David Mourão-Ferreira, Obra Poética

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