16.4.07

Casas


Sempre que regressava a casa da minha avó paterna, em S. Vicente do Paúl, um dos meus fascínios era o ruído dos sapatos dela nos sobrados de madeira.
Acordei hoje com essa recordação, uma espécie de alucinação auditiva provocada - verifiquei depois - pelo batimento de um martelo no andar de cima...

Quase sempre a poesia é destronada pela trivialidade do quotidiano...

3 comentários:

Anónimo disse...

A não ser que consigamos fazer do quotidiano Poesia!!!

Joaquim Moedas Duarte disse...

Pois...embora muitas vezes a tal "trivialidade"...

Mas percebo a ideia...

Volta sempre, MT. "Preciso" das tuas re-focagens ( esta palavra existe? Olha, precisei...inventei!)

avelaneiraflorida disse...

Há coisas que nem a trivialidade destrói...

Esta casa tem todo o ar de ter tido aromas, sons, gostos,certamente inconfundíveis, ainda que dum quotidiano banal.

Não é por acaso que nunca se esquecem as casas das avós!!!!
O inconsciente tem mistérios...