31.5.07

ETERNIDADE DO VENTO

Pintura de Sarah Anderson

Há poemas que trazem em si todas as paisagens do mundo e todos os abismos da alma humana.
Ruy Belo escreveu-os até morrer. Como este, de pormenorizado título, que se alonga por dez páginas:

«AO REGRESSAR EPISODICAMENTE A ESPANHA EM AGOSTO DE 1534 GARCILASO DE LA VEGA TEM CONHECIMENTO DA MORTE DE DONA ISABEL FREIRE»


(...)

procuro o teu mstério nos teus olhos

o teu rosto é tão vasto como um mundo

e quanto mais te olho mais pressinto

que é em vão que te procuro o fundo;

(...)

A minha eternidade é a do vento

que pelo movimento arrisca quanto é

e todo se resume no momento

(...)

3 comentários:

avelaneiraflorida disse...

Ruy Belo é, de facto, especial!!!!
Nem todos os poetas conseguem encontrar a essência da poesia...

Joaquim Moedas Duarte disse...

Ele é o meu poeta de estimação.

Menina do Rio disse...

...quanto mais te olho, mais pressinto que é em vão que te procuro...

beijo de menina